O Exilado sem Pátria

O exilado sem pátria, André, um empresário bem-sucedido, recebe para entrevista de emprego um contemporâneo do colégio público onde estudou na infância. Os vapores de seu chá o transportam para o passado, para a abertura da garrafa térmica com achocolatado quente no recreio do colégio, o qual tinha que dividir com os valentões da turma.

Surgem lembranças da separação de seus pais, da venda da casa onde moravam e da formação de duas novas famílias, embora sentisse não pertencer a nenhuma delas. Ele era um exilado – um exilado sem pátria para voltar. Na escola, começa a descobrir o valor das amizades, como lidar com os valentões e suas brincadeiras sem graça, o amor pueril pela garota popular, a falta de aptidão nos esportes e conhece o novo colega, o Paul, um verdadeiro exilado de Ruanda. Ao longo da história de André, temos sentimentos fraternais com vontade de abraça-lo e acolhê-lo diante da incompreensão de suas dificuldades.

Vibramos com o trabalho em equipe, torcemos pelo seu romance, ficamos indignados com a covardia dos valentões e vemos que a persistência e o esforço foram recompensados ao mesmo tempo que a tênue fumaça do seu chá se dissipa e ele volta aos dias atuais.